Um quinto de toda a riqueza mundial está concentrada em um milionésimo das famílias, e a tendência aponta para o aumento desta desigualdade, afirma um estudo da consultoria norte-americana Boston Consulting Group (BCG).
O estudo analisou 62 mercados que representam 98% de todas os bens no mundo. Em comparação com o ano passado, a riqueza mundial cresceu cerca de 5%.
Trata-se do sexto ano consecutivo em que o indicador sobe, apesar da recente desaceleração econômica: dos cerca de 8% em 2006 para 5% no ano passado.
De acordo com o relatório, a queda no ritmo de crescimento econômico se deve a crise financeira que a economia mundial vive atualmente, cujo tamanho dos impactos variam de acordo com o mercado.
Milionários
O grupo constituído pelos ultra-ricos --com mais de 3,5 milhões de euros (R$ 8,5 milhões) em ativos sob gestão-- concentrou no ano passado um quinto de toda a riqueza mundial, 14,8 bilhões de euros (R$ 35,9 bilhões). Há cinco anos, em 2002, o valor era de 7,1 bilhões de euros (R$ 17,2 bilhões).
No mesmo período de tempo, a riqueza detida pela classe social cresceu, em média, 15,7%.
Como ativos sob gestão, o BCG contabiliza depósitos de dinheiro, fundos de mercado, recursos onshore e offshore, valores mobiliários (ações, obrigações ou outros títulos), deixando de fora bens de luxo ou imóveis.
Ricos
Num patamar abaixo, estão as famílias consideradas ricas --com pelo menos 70,5 mil euros (R$ 171 mil) em ativos sob gestão--, que representam cerca de 18% da população mundial, mas detêm 88% da riqueza global.
Os bens detidos pelos ricos cresceram a uma média anual de 13% entre 2002 e 2007.
Num ranking por países, os Estados Unidos reuniram o maior número de milionários (4,9 milhões de pessoas), seguido pelo Japão, Reino Unido, Alemanha e China.
Quanto à concentração de milionários, os pequenos mercados se destacam. Em Cingapura, por exemplo, em cada dez famílias, uma possui, no mínimo, 705 mil euros em patrimônio (R$ 1,71 milhão).
Três das cinco mais densas populações de milionários do mundo estão em países do Oriente Médio: Catar, Emirados Árabes Unidos e Kuait. Já na Europa, é a Suíça o país com maior número de famílias consideradas milionárias.
Crise financeira
O estudo nota que, apesar de os ricos estarem enriquecendo cada vez mais, esta faixa tem ajustado seus investimentos devido à crise econômica originada nos Estados Unidos e à falta de liquidez dos mercados financeiros.
"O colapso financeiro continua a lançar uma sombra sobre os mercados ricos", diz Victor Aerni, co-autor do estudo. Para este ano, a consultoria prevê que os bens desta classe sociais cresçam somente 1%.
A análise indica que uma mudança no perfil do investidor, que está desviando suas aplicações para fundos mais conservadores (novos investimentos estão a ser restringidos) e uma maior quantidade de dinheiro está a ser mantida onshore.
Continentes
Em relação à riqueza por regiões, a América do Norte (Estados Unidos e Canadá) continua a ser a mais rica, com 27,6 bilhões de euros (R$ 67 bilhões) em patrimônio. Praticamente empatada está a Europa, com 27 bilhões de euros (R$ 66,7 bilhões).
Nos mercados emergentes da Ásia e da América Latina, a riqueza cresceu 14%, alimentada principalmente pelo crescimento industrial e pelo preço das matérias-primas, o que também acelerou o crescimento econômico nos países da região. A relativa estabilidade política destas nações também contribuiu para o aumento da riqueza.
O relatório prevê para os próximos anos um crescimento da riqueza global em pelo menos 3% ao ano. O número fica abaixo da média anual de 8,5% verificada entre 2002 e 2007.
O estudo analisou 62 mercados que representam 98% de todas os bens no mundo. Em comparação com o ano passado, a riqueza mundial cresceu cerca de 5%.
Trata-se do sexto ano consecutivo em que o indicador sobe, apesar da recente desaceleração econômica: dos cerca de 8% em 2006 para 5% no ano passado.
De acordo com o relatório, a queda no ritmo de crescimento econômico se deve a crise financeira que a economia mundial vive atualmente, cujo tamanho dos impactos variam de acordo com o mercado.
Milionários
O grupo constituído pelos ultra-ricos --com mais de 3,5 milhões de euros (R$ 8,5 milhões) em ativos sob gestão-- concentrou no ano passado um quinto de toda a riqueza mundial, 14,8 bilhões de euros (R$ 35,9 bilhões). Há cinco anos, em 2002, o valor era de 7,1 bilhões de euros (R$ 17,2 bilhões).
No mesmo período de tempo, a riqueza detida pela classe social cresceu, em média, 15,7%.
Como ativos sob gestão, o BCG contabiliza depósitos de dinheiro, fundos de mercado, recursos onshore e offshore, valores mobiliários (ações, obrigações ou outros títulos), deixando de fora bens de luxo ou imóveis.
Ricos
Num patamar abaixo, estão as famílias consideradas ricas --com pelo menos 70,5 mil euros (R$ 171 mil) em ativos sob gestão--, que representam cerca de 18% da população mundial, mas detêm 88% da riqueza global.
Os bens detidos pelos ricos cresceram a uma média anual de 13% entre 2002 e 2007.
Num ranking por países, os Estados Unidos reuniram o maior número de milionários (4,9 milhões de pessoas), seguido pelo Japão, Reino Unido, Alemanha e China.
Quanto à concentração de milionários, os pequenos mercados se destacam. Em Cingapura, por exemplo, em cada dez famílias, uma possui, no mínimo, 705 mil euros em patrimônio (R$ 1,71 milhão).
Três das cinco mais densas populações de milionários do mundo estão em países do Oriente Médio: Catar, Emirados Árabes Unidos e Kuait. Já na Europa, é a Suíça o país com maior número de famílias consideradas milionárias.
Crise financeira
O estudo nota que, apesar de os ricos estarem enriquecendo cada vez mais, esta faixa tem ajustado seus investimentos devido à crise econômica originada nos Estados Unidos e à falta de liquidez dos mercados financeiros.
"O colapso financeiro continua a lançar uma sombra sobre os mercados ricos", diz Victor Aerni, co-autor do estudo. Para este ano, a consultoria prevê que os bens desta classe sociais cresçam somente 1%.
A análise indica que uma mudança no perfil do investidor, que está desviando suas aplicações para fundos mais conservadores (novos investimentos estão a ser restringidos) e uma maior quantidade de dinheiro está a ser mantida onshore.
Continentes
Em relação à riqueza por regiões, a América do Norte (Estados Unidos e Canadá) continua a ser a mais rica, com 27,6 bilhões de euros (R$ 67 bilhões) em patrimônio. Praticamente empatada está a Europa, com 27 bilhões de euros (R$ 66,7 bilhões).
Nos mercados emergentes da Ásia e da América Latina, a riqueza cresceu 14%, alimentada principalmente pelo crescimento industrial e pelo preço das matérias-primas, o que também acelerou o crescimento econômico nos países da região. A relativa estabilidade política destas nações também contribuiu para o aumento da riqueza.
O relatório prevê para os próximos anos um crescimento da riqueza global em pelo menos 3% ao ano. O número fica abaixo da média anual de 8,5% verificada entre 2002 e 2007.
Folha Online - 10 de setembro de 2008 às 12:09
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