segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Seus slides comunicam ou atrapalham?

29 de setembro de 2008 às 00:07

Fazer (ou mandar fazer) apresentações usando slides eletrônicos é uma realidade no dia-a-dia de diretores e executivos. Alguma vez você já terminou uma apresentação com a sensação de que:
• as pessoas nada entenderam?
• as pessoas dormiram?
• as pessoas não conseguiam acompanhar sua mensagem pela rapidez na apresentação dos slides?
• os slides não refletiam o que você estava querendo comunicar?
Você tem idéia de quantos slides deveria mostrar em uma apresentação de 30 minutos? Normalmente slides em apresentações empresariais representam um grande desperdício:
• Desperdício de tempo porque as apresentações são muito longas e as pessoas prefeririam estar trabalhando. Ou estar em qualquer outro lugar, menos ali na frente daquele telão.
• Desperdício de oportunidades porque um slide bem feito deveria ser uma ótima ferramenta de argumentação e exposição de idéias, mas poucos aproveitam a chance.
• E desperdício de motivação, já que uma boa apresentação, uma apresentação de fato eficaz, deveria fazer as pessoas agirem! E o máximo de reação normalmente é uma consulta ao relógio. Uma não, várias!
Então, o que é uma boa apresentação? Ao criar slides eletrônicos é preciso levar em conta três pontos igualmente importantes: conteúdo, layout e apresentação.
1) O conteúdo
Menos é mais! Quando for produzir um slide, considere:
• Uma boa apresentação deve ter pouquíssimos slides. Quanto menos, melhor! 10 slides é um bom número, qualquer que seja a duração da apresentação! Ninguém agüenta ficar olhando muito tempo para um telão. Se sua reunião/aula/debate durar muito tempo, digamos 4 ou 8 horas, poupe os olhos da platéia. Crie dinâmicas, converse, debata, mas tire a imagem da tela!
• O primeiro slide deve ser impactante. O último, inesquecível.
• Você quer estruturar bem sua apresentação? Não comece pelos slides, rascunhe em papel ou digite no Word os tópicos principais que você precisa abordar. E também os objetivos que você precisa atingir. Só aí pense em criar seu primeiro slide. Ah, se você usar o Word para estruturar sua apresentação, ele próprio pode depois criar – sozinho – seus slides PowerPoint. Mas este é assunto para outro artigo.
• Um bom slide deve exibir no máximo 6 informações. Um bom slide deve ser lido em até 9 segundos. É como se fosse um outdoor, você precisa ler tudo rapidamente enquanto passa de carro por ele.
• Em vez de frases, use palavras-chave. Elas auxiliam o apresentador a se lembrar do que falar e – mais importante – facilitam a memorização, pela platéia, dos conceitos mais importantes.
• Não corra o risco de ser insistente e chato: para que ficar repetindo o título da apresentação em todos os slides? Ora, se ali pelo terceiro ou quarto slide ninguém souber o assunto de sua apresentação, tem algo errado, concorda? Título deve aparecer só no primeiro slide, o de abertura. E talvez no último! Além do mais, sem o título, seu slide fica mais perto do limite recomendado de seis informações por slide.
2) O layout
Slide não foi feito para ser lido, slide foi feito para ser visto:
• Prefira figuras ou gráficos, evite tabelas ou planilhas! Ninguém consegue ler aqueles números minúsculos que muitos insistem em exibir!
• Não use marcadores (bullets), experimente colocar as informações em AutoFormas.
• Não use letras maiúsculas. Nem em títulos! A não ser quando você quer mesmo chamar a atenção sobre um assunto muito importante.
• Prefira fontes redondas, como Verdana, Arial ou Tahoma. Esqueça o Times New Roman, que dificulta a leitura em telão. Você sabia que o Verdana foi criado especialmente para telas e telões?
• Letras pequenas? Jamais! A fonte em um slide deve ter no mínimo 18pt. Mas este é um tamanho que você deveria usar uma única vez por ano. ano bissexto! Que tal usar fonte 30 ou 40? Muito grande? Na verdade não, experimente! Até porque seus slides daqui para frente terão pouco texto, não é mesmo?
• Use e abuse de espaços em branco. Slides limpos proporcionam excelentes resultados.
• Deixe o layout falar. Em vez de tradicionais “:”, experimente negritos e tamanhos diferentes de palavras para separar título e detalhes, por exemplo.
• A TV tem horário nobre? O slide também tem! Não horário propriamente dito, claro, mas o local que todos enxergam primeiro: O canto superior esquerdo. É lá que devem ficar as informações mais importantes!
3) A apresentação
Anime a platéia, anime os slides! Mas, cuidado, ninguém agüenta mais aquelas animações primárias do tipo título que entra correndo ao som de um carro freando. Ou uma palavra entrando com piruetas no slide. Em vez disso, use animações de contexto, que ajudam na exposição de idéias:
• Exiba os elementos do slide por partes.
• Considere ocultar, e não esmaecer, os elementos já abordados, assim a platéia fica focada só naquilo que você está falando no momento.
• Estimule a participação das pessoas. Prepare slides que criem oportunidades de interação.
• Nunca, jamais, leia o que está escrito no slide. A platéia sabe ler! Dê um tempo para que ela leia tudo antes e só depois converse sobre o que foi lido. Apresentadores que insistem em ler slides estão sublinarmente dizendo que a platéia não sabe ler. E você não vai querer passar esta mensagem, vai?
• Fique sempre atento ao tempo da apresentação: nem mais nem menos do que o planejado. Nada mais ineficaz do que correr no final só para exibir os slides restantes. Ou acabarem os slides e você ficar sem assunto...Fazer apresentações é um desafio! E muito estimulante! Experimente colocar em prática estas sugestões. Você certamente colherá excelentes resultados!
Lembre-se de que tudo o que foi dito vale para quem vai fazer o slide, bem como para quem vai mandar fazer um slide.


Fernando Andrade - Consultor Sênior do Instituto MVC ( www.institutomvc.com.br), Autor de 11 livros, entre eles “PowerPoint para quem conhece PowerPoint”.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Antes de discutir a relação com o chefe, saiba exatamente o que ele pensa sobre você e ganhe dez nesta avaliação


Por: Por Gil Schwartz


Se você acha interessante e produtiva aquela conversa anual com seu chefe, quando vocês discutem o desempenho e as realizações dos últimos meses, você é um cara ingênuo. Essa reunião não é legal, embora as empresas preguem que sim. A verdadeé que ela é quase inútil, uma vez que seu chefe dá esse feedback diariamente, no café, no banheiro... O encontro oficial é como ser jogado na boca do leão. E você precisa saber como se comportar quando estiver lá. Primeiro, vou contar a história do meu amigo Pedro. Assim, você não comete os erros que ele cometeu. Pedro passou seis anos numa empresa e nunca recebeu um retorno sobre seu trabalho. Em fevereiro, ele chamou o chefe para uma conversa em vez de simplesmente pedir um aumento, como toda pessoa normal. De cara, Pedro levou um direto no queixo e um soco no estômago. O chefe apontou que ele atrasava os projetos e que trabalho em equipe não era seu forte. Daí em diante...

Com essa mala de decepções no colo, Pedro não conseguiu nem esboçar sua frustração por não ter recebido aumento nos últimos três anos ou por ter acumulado a função de três funcionários após o corte na folha de pagamento. O chefe rapidamente preencheu o silêncio da sala: "Como você sabe, a empresa não tem dado promoções de mais de 2,5% nos últimos tempos. Mas como no geral você está fazendo um bom trabalho e se esforçando, acho que consigo aprovar 3% para você." Muitas coisas passaram pela cabeça do Pedro. "Três por cento?? Por que você não pega isso e enfia...", ele quis gritar. Mas permaneceu em silêncio. Humilhado e puto, saiu da sala do chefe para enfrentar mais um dia de luta e viver com o mesmo cargo e o mesmo salário por mais um, dois ou cinco anos. E tudo isso por culpa dele! Não quero que isso aconteça com você. Então, por favor - eu imploro- siga meus conselhos.

Observe bem seu chefe. Até como ele cumprimenta você revela o que que pensa sovre seu trabalho.

Regra1 Nunca peça feedback
Como eu disse, o melhor retorno do seu trabalho é aquele que você recebe todas as manhãs quando o chefe fala: "Vamos tomar um café?". Isso diz tudo. Estou no mercado há 25 anos e nunca vi minha avaliação por escrito. Isso é para os caras perdedores. Mas você também não quer fugir do processo. Alguns chefes acham que não conseguem expressar seus sentimentos com clareza no dia-a-dia. Eles querem fortalecer essa musculatura em você. E você deve permitir que isso aconteça. Então, venha preparado para levar essa sova. Você vai sair arrasado, mas com certeza mais resistente.

Regra2 Fale pouco
Avaliar o desempenho do funcionário lembra ao chefe que o cargo dele tem uma parte suja - ser crítico - e uma responsabilidade de ensinar, orientar e produzir mudanças onde for necessário. Não tente recorrer a cada idéia. Descobri que é bom responder coisas como: "Ah, entendo" e "Tá certo", sempre que possível. Se quiser mesmo contestar, tente: "Estou ciente que você pensa assim há um tempo" ou "Agradeço por dizer isso, mas confesso que me pegou de surpresa". Você é um ser racional. Ou pelo menos finja...

Regra3 Ouça o que é dito
Acredite se quiser, talvez você precise fazer algumas mudanças com base no conteúdo dessa conversa. Se, por exemplo, você levar um chute no queixo por chegar atrasado, pode ser produtivo chegar cedo por um tempo. Funciona assim: os chefes não gostam de pensar que todo aquele falatório só serve para desopilar o próprio fígado - mesmo que seja essa sua única utilidade.

Regra4 Preste atenção no que não é dito formalmente
Muitos chefes, a menos que estejam putos, têm dificuldade em fazer críticas na lata. Especialmente aqueles que gritam com freqüência. Estes se sentem muito mais à vontade para ter um ataque quando não há razão. Essa característica pode levar muitos deles a embalar coisas agradáveis num papel festivo. Mas há também o tipo que simplesmente não consegue cuspir um único elogio. Nesse caso, a formalidade do ambiente pode tornar a generosidade ainda mais difícil.

Regra5 Concorde sempre
Independentemente do tipo de besteira que seu chefe falar, das colocações absurdas ou críticas inconvenientes que soltar, você precisa manter o temperamento em ordem. Você tem que passar a imagem de estar agradecido por tanta informação valiosa. Qualquer outra atitude faz você parecer imaturo e insubordinado. Essa área é particularmente difícil para pessoas competitivas como você. Sua vontade é gritar: "Não! Não sou esquentado, seu idiota!"'. Mas é melhor balançar a cabeça e engolir o sapo. Se você achar realmente necessário discordar de alguma coisa, faça com educação e sem se jogar na defesa. Como se o chefe dissesse: "Como assim, Roberto? Você teve aumento no mês passado!" e você respondesse: "Na verdade foi em 1998". Bem calmo. Sacou?

Regra6 Dê o golpe certo
Guarde toda sua munição para um único ataque no fim da sessão. Esse é um momento crucial e a execução deve ser perfeita. Você precisa unir tom adequado, ousadia na medida e uma certa pose. O que você realmente quer? Provavelmente (1) uma relação mais bacana com o chefe, (2) saber se você tem alguma chance de crescer na empresa e (3) um aumento. Solte algo como: "Essa conversa foi realmente boa. Respeito sua opinião e farei de tudo para retribuir a confiança que você deposita em mim. Quero que saiba que sou ambicioso e estou disposto a assumir cada vez mais responsabilidades. Vou provar que mereço esse crescimento". E, ao sair da sala com a cabeça erguida, vire e fale: "Ah, e posso ganhar aquele belo aumento?". Lembre-se: ele não pode dizer sim se você não fizer a pergunta.




sábado, 20 de setembro de 2008

FORME LÍDERES EM TODOS OS NÍVEIS

A pratica da sucessão é um dos critérios mais importantes utilizados por potenciais investidores na avaliação das empresas. Ninguém quer investir em uma empresa com futuro incerto. Os potenciais acionistas estão atentos à profissionalização da empresa, Isto é, à presença de líderes em todos os níveis. São várias as razões que impõem a necessidade de pessoas – tanto em quantidade quanto em qualidade – capazes de exercer a liderança nas empresas:

• As empresas precisam estar muito mais próximas de seus clientes, parceiros e comunidades. Elas crescerão no exterior ou no mercado doméstico na mesma proporção em que forem capazes de dispor de líderes para atuarem na sua crescente capilaridade geográfica.

• As grandes empresas estão se reestruturando em unidades negociais menores e mais autônomas para se tornarem mais competitivas. Mesmo aquelas que estão buscando economias de escala por meio de fusões e aquisições estão simultaneamente se fragmentando em unidades de negócios.

• As áreas funcionais devem ter espírito mais empreendedor e menos burocrático. Precisam de líderes (e não apenas gerentes) que saibam atender seus “clientes internos” em vez de chefes que criam burocracias como fonte de poder.

• A consciência crescente de que fatia de mercado, rentabilidade e lucros são ativos perecíveis que podem desaparecer em pouco tempo. Os líderes que desejam perpetuar suas empresas precisam não de seguidores leais, mas de pessoas capazes de empunhar a causa da empresa no momento seguinte.

O modo de vestir é que faz a entrevista

Cause uma boa impressão

Os mais bem vestidos continuam sendo contratados primeiro. Então, para a próxima rodada de entrevistas, converse com o assistente da chefe sobre como são as coisas na empresa.Tal cuidado pode ajudá-lo a ganhar pistas sobre as predileções da chefe, a sua situação diante dos outros concorrentes, ou mesmo conseguir ser entrevistado num momento mais favorável. (O último cara a ser entrevistado ganha a vaga em 56 % dos casos - desde que ele esteja bem vestido).

A menos que queiram alguém com perfil criativo, os empregadores dificilmente contratam alguém que não use relógio. Ele não saberá a diferença entre 3h45 e 4h10, o que pode ser um problema sério dependendo da situação.

Tatuagens à mostra e piercings são um problema no ambiente de trabalho?
Ninguém irá se preocupar com um cara com uma tatuagem pequena ou um brinco estiloso. Mas qualquer coisa mais punk significa problema. "O modo com que se percebem as coisas pode criar ou arruinar a reputação de uma companhia", afirma Gloria Petersen, da Global Protocol, empresa de Chicago que presta consultoria de etiqueta para o mundo corporativo. Para os clientes você é o representante da empresa. Para colegas de trabalho, alguém radicalmente diferente não será visto como parte do time. Além disso, diz Petersen, "quando algum acessório é irritante, estranho, ou aparenta ser doloroso, gera distração". Você quer que seu superiores olhem para o seu trabalho ou para o anzol na sua cara? Melhor aposta: respeite seu trabalho em tempo integral, e use tais acessórios quando for sair à noite ou quando o fim de semana começar.


sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Inclua os compromissos pessoais na agenda do dia

Desde quando você está adiando aquela consulta médica? "Não dá tempo", é o que a maioria das pessoas diz. De fato, todos os profissionais têm cada vez mais atribuições e pressão por resultados no trabalho. Mas deixar de lado os compromissos pessoais pode trazer problemas graves de saúde e até de relacionamento com a família e com amigos. Porém, as pessoas só se dão conta do quanto estão negligenciando seus outros papéis por causa do trabalho quando a situação já é crítica.
Mesmo Christian Barbosa, hoje um especialista em gestão do tempo, dono da Tríade do Tempo, só começou a se preocupar com o assunto depois de ter um tumor. Mas a intenção desta matéria não é criar terror. Ao contrário, o intuito é ajudar a organizar sua agenda para que consiga fazer tudo o que é realmente importante. Então vamos começar a analisar por que as pessoas não têm tempo para nada, senão trabalhar.
De um lado há a pressão das empresas por resultados e um volume significativo de atribuições para cada profissional. De outro, está o hábito de viver em função das urgências. Basta ter um prazo maior para realizar algo que isso fica para depois até sua realização se tornar urgente. "Nesse ritmo, as pessoas vão de um extremo a outro. Passam o tempo todo apagando incêndios e, quando têm alguns minutos livres, não os aproveitam para realizar coisas importantes porque querem fugir daquela rotina alucinante de compromissos", diz Paulo Kretly, presidente da FranklinCovey no Brasil.
Segundo Barbosa, as atividades podem ser classificadas de três formas: importantes, urgentes e circunstanciais. "Importante é tudo aquilo que tem tempo para ser feito. São ocupações que trazem sensação de realização, prazer e bem-estar", diz. Urgentes seriam as tarefas realizadas com pressa, porque o tempo é curto ou já estourou. O circunstancial inclui aquelas atividades que consomem tempo à toa, ou seja, ir obrigado a festas apenas para ser sociável, limpar caixa de e-mails cheia de spams ou levar meia hora num cafezinho que normalmente duraria cinco minutos.
De acordo com um levantamento feito por Barbosa, que resultou no livro recém-lançado por ele pela Editora Gente, "Você, Dona do seu Tempo", as mulheres têm um volume muito maior de urgências diárias do que os homens. Isso porque elas vivem em função não apenas das urgências do trabalho, mas também da casa, dos filhos, do marido.
O resultado dos testes respondidos por profissionais na faixa dos 35 anos mostrou que 48% do tempo feminino é dedicado às urgências; 28% às coisas importantes e 24% às circunstâncias. "No caso dos homens existe um equilíbrio maior entre as urgências e as circunstâncias, deixando o importante em segundo plano. O homem gasta mais tempo com conversas paralelas, chopp com os amigos, festas sociais, etc.", afirma Barbosa.
Na percepção dele, a mulher sofre mais com a falta de tempo porque se cobra mais pelo seu desempenho em todos os seus papeis e acaba deixando de lado as coisas que deveria fazer exclusivamente para si própria. "É muito difícil você perguntar para uma mulher qual é a pessoa mais importante da vida dele e ouvi-la dizer que é ela própria. O resultado disso é que a maior parte delas não tem tempo de ser mulher e se ressente por não conseguir fazer ginástica ou ir ao salão de beleza. Mas na hora em que pode marcar um compromisso consigo mesma, sente culpa só de imaginar fazer algo só para ela e acaba usando esse tempo para atender à necessidade de outra pessoa", diz Barbosa.
O especialista em administração de tempo mantém um ritual interessante, que pode ser copiado. "Gosto de andar de skate. E a cada 15 dias marco uma reunião Comigo Mesmo Ltda.", conta. Apesar de liderar uma empresa e, por isso mesmo, ter muitas atribuições, ele tem mais liberdade para organizar seus compromissos pessoais e profissionais em sua agenda do que muitos profissionais em outras posições. E isso talvez facilite a presença dele nessa reunião "Comigo Mesmo Ltda.". Mesmo assim, é possível conciliar as atividades que têm e que não têm a ver com o trabalho durante um dia inteiro.
"É preciso ser honesto nas oito horas de trabalho para as quais foi contratado, mas fora delas, no almoço, antes e depois do expediente, você tem direito e deve se ocupar de outras coisas importantes para você", afirma Kretly, da FranklinCovey. "Mas, para conseguir aproveitar esse tempo e não ter que sair mais tarde do escritório, é preciso se organizar e ser disciplinado."
Kretly lembra também que há alguns casos em que o problema do excesso de atribuições é maior do que o da falta de organização e disciplina. Ou seja, quando a empresa exige do profissional muito mais do que qualquer pessoa poderia produzir sem sacrificar sua vida pessoal. "Nesse caso, é preciso considerar se vale a pena manter o vínculo com essa organização ou procurar entrar em um acordo no qual as duas partes ganham. Afinal, por quanto tempo vai segurar essa peteca, trabalhando além do expediente, carregando atribuições além das suas? Qual será o custo disso?", questiona.
Mesmo no período de trabalho, é possível incluir na agenda uma ligação que não tome muito tempo e precise ser feita no horário comercial, por exemplo. É até mais produtivo, pois evita que se perca a atenção por lembrar que precisava ter resolvido algo importante. "Ao determinar o que precisa realizar durante um dia, é importante equilibrar atividades profissionais e pessoais", recomenda Kretly. "Também é importante não listar mais do que sete prioridades por dia. Mais do que isso dificilmente será realizado e acabará ficando para o dia seguinte e acumulando pendências."
Outra dica, essa de Barbosa, da Tríade do Tempo, marcar na agenda o significado daquele compromisso, e não o compromisso em si. "A gente tem que descobrir o objetivo por trás do objetivo para se motivar. O sentido original da coisa", afirma. Assim, fica mais difícil desmarcar a aula de inglês, se o que estiver em jogo não for simplesmente uma aula, mas a conquista de um cargo internacional, por exemplo.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Informação: Proteger ou abrir?

Sempre há uma discussão sobre as questões de proteção de informação no âmbito dos processos de inteligência. A empresa deve proteger sua informação e orientar seus funcionários a não descuidar dela para não desvendar dados confidenciais, privados e estratégicos para a empresa?

Conforme discutido no seminário de Alain Juillet - Alto Responsável pela Inteligência Econômica do governo francês, de 80 a 90% das informações estratégicas úteis para uma organização estão disponíveis livremente.

É, portanto, bobagem fazer espionagem. "Por que correr risco fazendo práticas ilegais quando há tanta informação disponível?" Concordo. Por outro lado, todos, e em particular Sr. Juillet, afirmam que a empresa deve proteger sua informação para que não se torne pública a informação estratégica.

Mas me pergunto. É possível proteger a informação? Além disto, é necessário ou útil fazê-lo? Talvez possa ser exagero, mas há empresas falando sobre a questão e dizendo que a empresa deve ser aberta. Que não adianta e não precisa tentar, por exemplo, esconder os esforços de lançamento de um novo produto. Primeiro porque a informação acaba circulando cedo ou tarde. Segundo porque na verdade o que realmente mantém a empresa não é o produto que ela lançou hoje ou vai lançar amanhã, mas sua capacidade em gerar continuamente inovação. A empresa tem que ter constantemente novos produtos e serviços.

Existem informações mais sensíveis, mais críticas. Mas é preciso pensar em até onde deve ir a paranóia da proteção da informação. Há casos como códigos de acesso, por exemplo a contas correntes, devem-se preservar. Ainda neste caso, não é informação que estamos protegendo, mas sim os recursos financeiros aos quais os códigos dão acesso. Protegemos o recurso, não a informação. Estou apenas sofismando? Não. Acho que as empresas têm que levar em consideração que, em um mundo cada vez mais aberto, com infinitas interfaces, parcerias, concorrentes - que são em outros momentos parceiros -, o nome do jogo não é proteção de informação, mas cooperação e compartilhamento de informação e constante capacidade de inovação.

Há empresas que justamente vão na linha da abertura da informação, do conhecimento. Open source, sofware livre, open innovation, cooperação. Abrem suas idéias, promovem a discussão aberta, compartilham suas idéias à busca de obter um produto superior a partir da construção de um conhecimento coletivo. Vou mais além. Proteção a direitos do autor, luta contra a pirataria. Uma luta talvez inglória. No sentido oposto, alguns autores distribuem gratuitamente seus livros. Copiem-no. Paguem para vir me ouvir falar em meus seminários, em minhas apresentações. A banda Calipso, classificada como TecnoBrega, que não ousei ainda ouvir, antes de fazer seus shows em uma cidade, inunda os camelôs com seus discos para serem distribuídos, vendidos baratinho. Encara a venda como elemento promocional para seus shows.

É digno querer defender seus direitos de autor, combater a pirataria, querer cobrar quanto achar que vale o fruto de sua criação. Digno sim. Pirataria é crime! Mas é a melhor estratégia? Minha opinião é que ao entrarmos em uma era onde o nome do jogo é difusão de informação e conhecimento e não proteção, ganha quem o usa bem e não quem o cria ou o detém.


Fernando C. de Almeida é Professor do curso de Monitoramento Estratégico e Inteligência Competitiva da FIA - Fundação Instituto de Administração e Professor do curso de pós Administração da Informação e Inteligência da Empresa, na FEA/USP. O acadêmico é pesquisador na área de inteligência e monitoramento estratégico antecipativo e Doutor em Ciências de Gestão pela Université Pierre Mendes France de Grenoble, na França.

Tirar maior proveito dos estudos

Cada vez mais presentes nas salas de aula a fim de se manter atualizados em suas carreiras, os executivos nem sempre saem ganhando ao trocar o escritório pela escola. É comum o resultado não significar uma soma concreta de conhecimento porque, ao entrar de cabeça nos estudos, os profissionais têm tantos obstáculos a superar que não chegam ao desempenho desejado durante as aulas.
"Muitos pagam bem caro pelos cursos e os concluem, mas não absorvem de fato o conhecimento proposto", conta Carlos Tasso, diretor-executivo da Round Robin – Consultoria, Empreendedorismo & Inovação, professor da BSP (Business School São Paulo) e autor do livro Como aprender: Andragogia e habilidades de aprendizagem, da Pearson Education. "Isso acontece porque eles não se prepararam para as aulas, não estudaram adequadamente, não refletiram sobre o conhecimento adquirido ou até nem leram os materiais propostos de maneira adequada, perdendo tempo, dinheiro, e uma real oportunidade de aprender."
Para Carlos Tasso, o primeiro passo para o profissional executivo se preparar para os estudos é alterar parâmetros. "Parece simples, mas para muitos é bem complicado passar de executivo, que delega ordens a equipes, a aprendiz", explica. "Sintonizar-se na freqüência de aluno é um ótimo começo."
O segundo passo é conhecer algumas técnicas e ferramentas capazes de melhorar os resultados. Em seu livro, Tasso dá dicas interessantes, como as que seguem abaixo:

Não deixe nada para a última hora!
Por mais que tenha facilidade com o conteúdo dado em sala de aula, não deixe a resolução de trabalhos para a última hora, mesmo que a sua agenda esteja muito corrida. Com o hábito de estudos dosados, o conhecimento tende a se fixar de forma permanente na memória. Caso contrário, a tendência é esquecer o que aprendeu com o passar do tempo.

Quando e como estudar
Descubra o período do dia em que tem maior facilidade com estudos (alguns têm hábitos diurnos; outros, noturnos). Tente dedicar algum tempo às tarefas, executando-as por etapas, mesmo que tenha pouco tempo disponível para isso. Um ambiente de estudos apropriado também é altamente recomendado – ele deve ter boa iluminação, ser confortável, porém apropriado (numa escrivaninha ou algo semelhante, nunca deitado) e sem intervenções contínuas da família e outras pessoas. Se sua casa não é propícia, procure outro local, como bibliotecas, as próprias salas de aula ou até no escritório mesmo.

Inspire-se em exemplos
Existe muita experiência em todos os que convivem com a gente. Tente relacionar o conhecimento adquirido em seu curso com a atuação de profissionais da área ou com quem já utiliza estas ciências no mercado de trabalho. Ouvir e dialogar com mentores, colegas de classe e até familiares é uma boa forma de refletir sobre como você poderá utilizar o que está aprendendo em seu dia-a-dia profissional.

Saiba utilizar técnicas de leitura
Envolver-se com pilhas de livros muitas vezes é inevitável. Para tirar deles o maior proveito possível, é necessário conhecer algumas técnicas de leitura. Para cada ocasião, existe uma apropriada. A de Varredura (Scanning), por exemplo, consiste em mover os olhos rapidamente, procurando uma informação específica num livro – ela evita que a pessoa gaste tempo lendo atentamente páginas e páginas para encontrar uma informação. Outra técnica de leitura rápida é o Skimming, utilizada para saber se um texto é interessante ou relevante para o que se está estudando. Em outras ocasiões, é necessário obter uma leitura profunda, acompanhando cada passo da estrutura proposta pelo autor, para obter assim uma seqüência lógica de idéias.

Saiba tirar maior proveito de suas anotações
Escrever cada palavra dita pelo professor em sala de aula não garante o entendimento sobre o assunto. Existem estudantes que se dão bem com anotações em moldes de mapas mentais, baseando-se em palavras-chave, com indicadores. Esta é uma metodologia mais visual, com a qual o eles conseguem, depois, relacionar o mapa mental com o que recordam das aulas. Outro método conhecido são as anotações lineares, com frases importantes e observações indispensáveis para estudar posteriormente. Muitos utilizam recursos como sublinhar palavras e temas de importância. Outra técnica em anotações é a boa utilização de abreviaturas. Muitas vezes abreviamos uma palavra, porém, posteriormente, não entendemos seu significado. É preciso desenvolver abreviaturas padronizadas e utilizar algumas já conhecidas, como: C. (cerca de) Cap. (capítulo), i.e (id est = isto é), entre outras.

Sedentarismo é mais grave que males do coração

Nada como tomar um chope com os amigos depois do trabalho, mandar ver no tradicional churrasco das tardes de sábado (com a latinha de cerveja acompanhando a carne, claro) e dividir o resto do final de semana entre a cama e o sofá, à frente da TV. Se você se identificou com o perfil preguiçoso, vá buscar uma água antes de continuar lendo o texto, sob o risco de ter um piripaque. "Pacientes sedentários têm um risco de mortalidade maior em relação àqueles com problemas de coração, mas que realizam alguma atividade física regularmente", afirma o clínico Daniel Kopiler, especializado em Medicina do Exercício.
Ficou chocado? Pois as notícias alarmantes não param por aí. Controlar o consumo do álcool, da carne vermelha e dar início à prática de atividades físicas é fundamental para manter a saúde em dia, como mostra o time de especialistas escalado pelo Minha Vida.Veja a seguir os prejuízos que alguns deslizes podem causar ao seu organismo, no decorrer do tempo.
O porquê da malhação

Ficar com a aparência em ordem não é o único benefício que você desfruta ao botar os músculos para trabalhar e a camisa para suar. Praticar atividades físicas regularmente é uma maneira de ganhar um corpo sarado e manter a saúde em dia. Caso contrário, as conseqüências são perigosas.
"Comparando com pessoas que fazem exercícios, indivíduos sedentários têm 30% a mais de chance de desenvolver doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, por exemplo", afirma Daniel Kopiler, coordenador médico da Vitacor, clínica de Medicina do Exercício.
Ainda fazendo comparações, o especialista conta que pessoas com capacidade física muito ruim têm risco de mortalidade maior que pacientes com alguma doença cardiovascular e ótima aptidão física.
De acordo com Kopiler, o ideal é praticar exercícios aeróbicos, pelo menos, durante 30 minutos, três vezes por semana. Também é importante aliar exercícios que fortaleçam os principais grupos musculares (membros superiores, inferiores, abdômen e costas). "Mas sempre, claro, passando por um check-up médico antes de iniciar qualquer tipo de atividade física", ressalta.
Muito além da ressaca

Apesar do terrível mal-estar pós-bebedeira, a maioria dos beberrões insiste em abusar das doses de bebida alcoólica. Por trás das dores-de-cabeça, da boca amarrada e das ânsias, estão outros perigos à saúde. "Dois copos de cerveja, por dia, não fazem mal ao organismo. Passar do ponto eventualmente, também não traz sérios riscos. Mas grandes quantidades de bebida alcoólica diariamente podem ser prejudiciais ao coração", ressalta o cardiologista da Casa de Saúde São José, Bruno Hellmuth.
Bruno explica que o álcool em abundância se torna tóxico e ajuda a desenvolver doenças específicas do coração, além da pressão alta. "Caso o paciente já apresente algum tipo de doença cardíaca, o quadro se complica ainda mais, porque ele pode passar a ter arritmia", enfatiza. Daí para uma interrupção mais grave no funcionamento do músculo é um pulo.
Pegada de James Bond

O modelo e a marca ficam a seu critério, mas o uso dos óculos escuros é indispensável, não só na praia, como também nas horas de trânsito parado. De acordo com o oftalmologista da Casa de Saúde de São José, Marcelo Martins Ferreira, a incidência de raios ultravioleta aumentou muito ultimamente, o que compromete a visão daqueles que não se protegem.
"Passar horas no sol sem proteção pode lesar a parte mais exposta do olho, a córnea. No final do dia, a pessoa tem a sensação de areia dentro dos olhos e sente muita dor", fala Marcelo, sobre a inflamação da córnea, chamada de ceratite. Para tratar o problema, é preciso usar um tampão que proteja os olhos por 24 a 48 horas e pingar lágrimas artificiais nos olhos. "Depois do incômodo, não fica nenhuma seqüela", garante o oftalmo.
Outra complicação que pode surgir a longo prazo é a catarata. "Algumas pesquisas mostram que a exposição solar sem óculos escuros ajuda no aparecimento da doença", diz Marcelo. A doença atinge o cristalino do olho, que perde a transparência e leva a diferentes graus de cegueira.
O sol também pode ser responsável pela degeneração macular. "Nestes casos, a pessoa perde a visão central, ficando só com a periférica", explica o especialista.
Marcelo alerta ainda para as lentes falsas. "Quando estamos no escuro, a pupila se dilata para enxergarmos melhor. Ao colocar uma lente escura sem a devida proteção para os olhos, a pupila fica ainda mais exposta ao sol. É preferível não usar nada, se as lentes não forem adequadas".
Churrasco sim, gordura não

Por muito tempo, ela foi vista como vilã da alimentação e tem gente que, até hoje, torce o nariz para uma picanha na brasa. Bobagem, para ficar longe dos problemas de coração e ameaças de câncer assoacidas à carne vermelha, basta consumi-la com alguns cuidados. "O ideal é comer carne vermelha duas vezes por semana, para evitar o aumento do mau colesterol e os fatores cancerígenos", aconselha Bruno. Além disso, o especialista da Casa de Saúde São José ressalta que é importante não ingerir as gorduras visíveis da carne.
Prepare seu corpo
Tomar cuidado com a carga dos exercícios tem a mesma relevância que os outros conselhos. Além de causar dores nas costas e acabar com qualquer empolgação para se exercitar, carregar peso em excesso sem estar com a musculatura preparada, pode causar distensões ou danos à coluna. "Os problemas mais comuns atingem a região lombar, a coluna cervical e os ombros", alerta o ortopedista da Casa de Saúde São José, Paulo Moreira.
Para evitar problemas mais sérios a longo prazo, como a hérnia de disco, Paulo aconselha a trabalhar a musculatura aos poucos. "Não dá para fugir das situações do dia-a-dia que exigem que o homem pegue peso. Então, o ideal é se preparar para isso e evitar um desgaste precoce da coluna".

Uma atitude pode ser decisiva nas dinâmicas de grupo?

"Durante uma dinâmica de grupo, perguntei sobre o salário do cargo, que não estava claro para mim. Fui preterido no processo. Será que foi pela minha pergunta?"


"Cheguei atrasado pois me perdi no trajeto até a empresa que havia me chamado para uma entrevista. Fui rejeitado. É possível que um atraso involuntário possa ter me retirado da seleção?"


"Discuti fortemente com outro candidato que participava comigo de uma dinâmica de grupo. Percebi, na hora, que estava fora."

Se você já teve dúvidas sobre os motivos pelos quais foi excluído de um processo seletivo, este texto é para você.
A mídia, principalmente impressa, freqüentemente publica dicas sobre como se comportar em processos seletivos, seja durante a entrevista, a dinâmica de grupo ou - pasme !!! - dizendo o que desenhar em determinado teste psicológico.
E por que será que as empresas estão utilizando mais e mais instrumentos durante a Seleção? Será que é para ver a resistência do candidato ou há outro motivo?
Qualquer contratação traz enorme investimento para as empresas. Se o profissional deixar a organização pouco tempo depois de contratado, certamente o investimento passa a ser custo.
O ser humano é extremamente complexo. Dê uma olhadinha para dentro de você e verá o que quero dizer... O uso de diferentes instrumentos nos processos seletivos traz maior segurança às empresas quando precisam contratar profissionais. Devido à complexidade já citada do ser humano, quanto melhor observado for o candidato, maior segurança na seleção a empresa terá e conseqüente certeza do seu investimento ao contratá-lo. Os candidatos também deveriam aproveitar este tempo para avaliar se aquela empresa merece seu trabalho.
Um processo seletivo é composto por diversos instrumentos: entrevistas, dinâmicas de grupo, testes psicológicos, testes práticos. As informações colhidas são complementares, ou seja, cada atividade revela um tipo de característica.
Por exemplo: a entrevista individual permite que o candidato detalhe projetos, conquistas, interesses pessoais e profissionais. Isto não ocorre em uma dinâmica de grupo. Nesta, os itens "relacionamento interpessoal", "liderança", "cooperação x competição" são melhor observados.
Os testes de personalidade, por sua vez, mostram traços como ambição, energia, equilíbrio emocional, nem sempre observados na entrevista ou nas dinâmicas de grupo. Por último o teste prático, que verifica se o profissional reúne as competências e conhecimentos técnicos necessários para o desempenho da função em questão, itens que os outros instrumentos podem demonstrar parcialmente.
Os resultados de um processo seletivo, portanto, são decorrentes de um conjunto de informações e observações e não apenas de uma ou outra característica. Para melhor entendimento didático, podemos resumir o processo seletivo na "equação": candidato certo + cargo certo + chefia certa + empresa certa. Se apenas uma destas partes não existir, toda seleção está comprometida.
Mesmo assim, é possível que apenas um comportamento do candidato possa excluí-lo do processo? A resposta é SIM, é possível. Você contrataria para sua empresa:
Profissionais que se atacassem pessoalmente durante uma dinâmica de grupo, desrespeitando-se mutuamente?
Uma candidata que seduzisse claramente o entrevistador?
Um candidato que "colasse" na aplicação coletiva de um testes de personalidade?
Tenha em mente que o melhor que você tem a mostrar é VOCÊ MESMO. Busque o autoconhecimento e o autodesenvolvimento. A segurança e a assertividade virão e tudo ficará mais fácil.
Agora, se você comprou na banca de jornais aquele "livrinho" ensinando as respostas dos testes de personalidade, esqueça: é uma furada!!!

Felicidade: um estado que vem de dentro

É muito comum ouvirmos as pessoas mais velhas mostrarem-se maravilhadas ou perplexas diante das inovações dos nossos dias, dizerem coisas do tipo: "Ah, você é que é feliz! No meu tempo não tinha nada disso!". Não deixa de ser verdade que, atualmente, há soluções prontas para praticamente todos os problemas e produtos para quase todas as necessidades. Por que, então, as pessoas não estão mais felizes?

Em primeiro lugar, porque a felicidade não é um estado que se atinge e lá se fica. Só somos capazes de identificar que alguns momentos são felizes justamente pela comparação entre o estado de felicidade e as demais sensações, menos agradáveis, que experimentamos ao longo de nossas vidas. Em segundo lugar, porque estar feliz não depende de fatores externos, é um estado que se adquire a partir de dentro de nós mesmos. Sei que muitas pessoas podem discordar desse raciocínio e alegar que, por exemplo, ganhar sozinho na mega-sena deixaria muita gente feliz. Isso é verdade para todas as pessoas que querem muito ganhar dinheiro. Mas essa alegria, também não duraria indefinidamente porque, uma vez realizado o sonho, ele passa a fazer parte da vida da pessoa como algo adquirido e, embora possa ser sempre objeto de satisfação, não garante o estado de felicidade contínua.
Atualmente, somos tão fortemente bombardeados com excesso de estimulação e informação, que é comum observar ansiedade e frustração nas pessoas, por não conseguirem dar conta de conhecer e acompanhar todas as novidades. É bom lembrar que ninguém é capaz de dar conta de tudo isso. E mais, se a ansiedade se instala, aí é que passamos a produzir menos e a usufruir menos ainda da nossa vida. Portanto, o melhor é escolher as melhores alternativas, aquelas que mais nos interessam, e deixar o que é menos importante para depois ou para trás, lembrando-se que somos humanos e, portanto, limitados.

Para que estejamos bem, é necessário que estejamos sintonizados com nós mesmos. Na prática, isso significa relativizar a importância de tudo que nos atinge de fora para dentro, seja a opinião alheia, o apelo consumista da mídia, as injustiças de que somos vítimas, às vezes, o padrão de beleza imposto pela sociedade atual, enfim, é preciso aprender a ficar, dentro do possível, imune aos golpes que vida nos desfere vez por outra. Para isso, precisamos aprender a cultivar e a expressar nosso próprio modo de ser e apreciar a vida sendo do jeito que somos, sem procurar agradar a todos, até porque isso é impossível.
Às vezes as pessoas se perdem em terríveis armadilhas sociais porque gastam a sua energia buscando corresponder às expectativas dos outros ou a atingir metas impossíveis, cujo limite é o próprio corpo. É impossível agradar a todos e, portanto, esse comportamento não vale a pena. É melhor que você seja do jeito que você é e mostre-se espontaneamente para os outros. Muitos irão criticá-lo e se afastar, mas aqueles que gostarem e sempre haverá algumas pessoas que gostarão de você do jeito que você é esses valerão a pena porque, com eles, você poderá se relacionar com leveza, espontaneidade e confiança. Independentemente da sua idade, raça, credo, profissão ou time de futebol, seja sempre você mesmo. Sempre haverá uma platéia pronta para aplaudir sua capacidade ou incapacidade de ousar, de ser ou não ser original, diferente ou parecido com a maioria. Escolha estar com aqueles que aceitam você da forma como você mesmo se aceita e se respeita.
Quanto à satisfação material, busque aquilo que te dá prazer, lute para ter o que você deseja, mas aprenda a satisfazer-se com os frutos do seu próprio esforço e desfrute da busca, não só do resultado. Viver é para o momento presente. Não deixe que a ansiedade lhe diga que a alegria está lá na frente, no futuro, somente se você atingir o objetivo x, y ou z. Você pode trazê-la para cada momento presente, apenas escolhendo ser positivo. Cultive boas amizades, acrescente novas atividades à sua vida, busque diferentes desafios e vibre com cada acontecimento, cada novo encontro.
Não gaste o seu tempo e a sua mente pré-ocupando-se com os problemas. Ao invés disso, ocupe-se trabalhando neles para resolvê-los e use sua mente com pensamentos positivos e um sorriso no rosto. Faça sua parte, trabalhando com entusiasmo e confiança no resultado, respeitando os limites que o seu corpo, sábio conselheiro, lhe impõe. Ocupe-se com as soluções e com tudo o que lhe faz bem, sem deixar que negativismos ganhem espaço na sua mente. Sonhe alto e sorria muito, todos os dias, várias vezes ao dia. Você verá que viver em paz consigo mesmo, tanto quanto ser feliz, é uma escolha, um estado que decidimos ter para nós. Não vem de fora, vem de dentro e precisa ser construído a cada momento de nossas vidas, independentemente do que o mundo exterior nos diga.

Cinco dicas para mudar a sua carreira

Uma das principais razões que faz com que as pessoas sintam dificuldade em promover mudanças em sua carreira é a crença de que isso terá que ser feito de uma vez, com um grande e único passo, através de desligamento imediato da empresa atual ou ações drásticas.
Mas não é verdade! O desejo de mudar o rumo de sua vida profissional não deve ser sinônimo de sofrimento. A melhor maneira é começar com pequenas ações, mas com foco que irão direcionar sua decisões da maneira mais fácil e correta.

1. Mudar dentro de sua própria área de trabalho
Se você gosta do seu trabalho mas não está contente com a empresa, tente procurar oportunidades em outras companhias que ofereçam boas oportunidades em sua profissão. Mande currículos, fale com conhecidos e procure pessoas que possam indicar seu trabalho nas empresas que você quer.Nessa hora, network é uma grande arma. Busque uma assessoria personalizada, contrate um gerente de carreiras, muitas pessoas não conhecem esse recurso e acabam não se sentindo a vontade para apostar em sua carreira e dar a ela seu real valor.

2. Comece um trabalho paralelo
Essa estratégia permite que você se mantenha no emprego atual enquanto faz outros trabalhos relacionados ao seu novo objetivo na carreira. Se você é um profissional que pode pegar trabalhos free-lancers essa é uma maneira muito boa de começar a traçar um novo "alvo" de trabalho e não ficar tão "dependente" do emprego atual.

3. Tente uma mudança interna
Se você gosta do local onde trabalha, vale a pena procurar caminhos para tentar uma mudança de funções ou mesmo de departamento. Só tome cuidado para que essa mudança seja direcionada para suas novas ambições profissionais. Conversar com seus gestores só ira ajudá-lo a fazer-se entender.

4. Volte a estudar!
Pré-requisito básico e uma ótima saída se você pretende entrar em um campo onde precise de cursos especializados ou que seja um trabalho muito diferenciado do que estava acostumado a fazer. Cursos e certificados fazem com que você aprenda os detalhes e segredos da nova área, dão mais credibilidade ao profissional e mais confiança ao empregador. Para colher resultados em sua carreira terá , necessariamente ,que investir nela, nada vem até suas mãos de graça.

5. Mudança total
Se você sabe o que quer fazer mas não suporta ficar nem mais um dia no seu trabalho atual a única saída é dar um passo radical - mudança total. Se for esse o caso, reúna toda sua coragem e saia para procurar um novo campo de atuação. É uma excelente opção, mas fique atento se você tem economias suficientes para não passar por dificuldades financeiras durantes esse período de transição. Nem pense em tirar férias com a família limitando seu fôlego financeiro para no momento mais importante da batalha por uma recolocação encontrar-se desesperado. Inicie a busca capitalizado e invista em você.

Cláudio Moraes é diretor da D"Moraes Assessoria em Recursos Humanos

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Saiba em quais situações anexar foto ao currículo

15 de setembro de 2008 às 18:03
G1

Uma das grandes dúvidas dos candidatos a emprego é saber se devem ou não colocar foto no currículo.
Para especialistas consultados pelo G1, a foto só deve ser colocada se a empresa exigir e se for um diferencial para a vaga.
Além disso, eles recomendam que a foto seja sóbria, como se fosse em formato 3x4. Mas o candidato à vaga de emprego não precisa aparecer com "cara fechada". Um sorriso discreto transmite simpatia e carisma.
Só se a empresa pedir
Camila Mariano, consultora de recursos humanos da Catho, não considera conveniente anexar foto ao currículo.
“O currículo é um documento que deve destacar as qualificações do candidato. A foto chama mais a atenção pela primeira impressão que ela causa”, diz.
A consultora recomenda que o candidato coloque a foto se a empresa solicitar, nunca por iniciativa própria.
“Em alguns casos o candidato pode colocar se considerar que será um diferencial para a vaga, mas só se for para cargos como recepcionista de evento e promotores de venda.”
Mas ela faz uma ressalva: “A foto tem que ser sóbria, mostrar seriedade, como se fosse uma 3x4 para documento. Isso evita que o selecionador faça um pré-julgamento por causa da fotografia”.
Camila já viu candidatos mandarem fotos com amigos, namorados, e em locais como praias e baladas.
“Isso não pode. A foto tem de ser discreta, assim como a roupa, e têm de aparecer apenas a cabeça e os ombros. De preferência, que se tire com uma parede no fundo, mas nada colorido. E a pessoa pode sorrir e se mostrar simpática”.
Três perguntas
O consultor de recursos humanos Marcelo Abrileri, presidente da empresa Curriculum, diz que antes de colocar a foto no currículo o candidato deve responder a três perguntas: o cargo exige boa aparência? A foto é de rosto, de boa qualidade, com bom foco e luminosidade? A pessoa está com boa aparência nessa foto? E só se a resposta for sim para as três perguntas ela deve ser colocada. No entanto, um não a qualquer uma das questões é o suficiente para que, segundo ele, a foto não seja utilizada.
"Nada de colocar fotos mal tiradas, com baixa resolução, fora de foco, com baixa luminosidade”, alerta o especialista. Outra dica de Abrileri é que a foto seja atual, nunca antiga.Segundo ele, a foto deve enquadrar o rosto como se fosse um 3x4, com parte do ombro e tronco. “A foto deve transmitir simpatia e carisma, sempre com bom senso. Mas sorriso muito escancarado não transmite seriedade. O sorriso tem que ser discreto.”
Para Abrileri, o ideal é o candidato olhar para a câmera imaginando que está olhando para o entrevistador, e estar vestido com a roupa que ele terá de usar no dia-a-dia do trabalho.
Segundo ele, se a aparência não faz parte dos critérios de seleção, é melhor não arriscar. O consultor diz que os cargos que costumam pedir boa aparência são recepcionista, secretária, representante de vendas, entre outros que exigem relacionamento com o público.
As mulheres podem usar maquiagem, sem exageros. “A mulher pode se maquiar, mas de forma que o selecionador não perceba que ela está maquiada. Tem que ser uma maquiagem discreta, que realce a beleza, mas que não demonstre que ela se maquiou só para fazer a foto”, afirma.
Para ele, o candidato deve lembrar que uma boa foto no currículo pode ajudar, mas sempre será um risco. “Compor o currículo com esse detalhe mal trabalhado poderá pôr a perder a chance de uma entrevista presencial”.
Nada de decote e biquíni
Fátima Brandão, consultora de recursos humanos do Grupo Foco, diz que não há problema de o candidato anexar foto ao currículo, mesmo que o cargo não exija.
“Em processos seletivos com dezenas de pessoas até ajuda a lembrar do candidato, mas não que isso vá interferir na escolha, é bom para fixar na memória.”
Ela ressalta que a foto deve ser feita com bom senso, alinhada com a área profissional que o candidato está disputando. “Não pode ser feita com blusa de alça, decote grande, biquíni, mostrando as pernas, nem levar para o lado insinuante”.
Segundo Fátima, o ideal é um sorriso discreto. “Uma cara simpática é melhor. Cara fechada passa uma impressão ruim”, diz.
Fátima aconselha que o candidato pense em quem está recebendo o currículo. Para cargos nas áreas como engenharia, finanças, contabilidade e recursos humanos, a consultora recomenda que as fotos sejam mais discretas e sóbrias.
Em áreas que englobam profissões mais alternativas, como design, publicidade e artes, ela diz que o candidato pode enviar fotos um pouco menos formais.
No caso de o candidato apresentar currículo em papel, o ideal é anexar uma foto 3x4. No caso dos currículos on-line, os sites de emprego reservam um espaço geralmente no canto superior para o candidato anexar a foto. Assim, deve-se ter o cuidado de colocar a fotografia de modo que apareça apenas o rosto até no máximo os ombros.
Justiça
Maria Lucia Ciampa Benhame Puglisi, advogada especialista na área trabalhista, recomenda que as empresas não peçam foto a fim de não dar margem para discussão.
Segundo ela, os critérios têm de ser objetivos. “O candidato pode alegar que foi preterido por causa da foto e depois a empresa não tem como provar o contrário”, diz.
Segundo Maria Lucia, a lei 9.029/95 proíbe discriminação na admissão ou demissão por discriminação por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade.
“É preciso cuidado, porque se a empresa reprova quem tem mais preparo e experiência para exercer o cargo pode dar margem para processo na Justiça”.
A advogada informa que o candidato que se sentir prejudicado pode fazer denúncia ao Ministério Público do Trabalho, que pode intimar a empresa a prestar esclarecimentos. Dependendo do caso, os candidatos preteridos são chamados para entrevista de seleção. E a empresa fica sujeita a aplicação de multa e, em algumas situações, é condenada a pagar indenização por danos materiais e morais.
“Critérios objetivos são pedir o currículo, certificação de formação, aplicar testes, tudo feito de forma transparente e documentada”, explica.

Supervisores gastam apenas 16% do seu tempo com atividades de liderança

Estudo envolvendo mais de 100 equipes de supervisores e gerentes de empresas de todo o Brasil revelou falhas desses profissionais no gerenciamento e treinamento de funcionários. Segundo a pesquisa, mais da metade do tempo de trabalho dos supervisores é gasto para resolver problemas (29%) ou em atividades administrativas (30%), como reuniões, despacho de papelada, checagem de e-mail e telefonemas. Atividades importantes, como treinamento, ocupam somente 1% do horário de trabalho dos gestores.
De acordo com o estudo, realizado pela Proudfoot Consulting no primeiro trimestre de 2008, a atividade de supervisão propriamente dita ocupa apenas 16% do tempo dos supervisores. Esse índice representa menos da metade do valor considerado adequado (35%), segundo especialistas da consultoria.
Para o presidente da Proudfoot, João Currito, a falta de planejamento das atividades e o baixo mentoring e acompanhamento que recebem de seus superiores com relação às suas atividades do dia-a-dia são as principais causas do desperdício de tempo de supervisores e gerentes. “Todo profissional possui metas de produção e performance. Falta aos supervisores e gerentes mais suporte por parte de seus superiores e o efetivo acompanhamento e suporte às suas atividades na empresa”, avalia.
Outro fator que chamou a atenção no resultado da pesquisa foi o baixo investimento em treinamento de pessoal, responsável por apenas 1% do tempo de trabalho. O nível considerado ideal pelos especialistas da Proudfoot é de 20%. “As empresas devem sempre manter o foco no aperfeiçoamento profissional de seus funcionários. Como conseqüência desse investimento, a produtividade sofreria um impacto positivo”, afirma Currito.
Atividades sem valor agregado também refletem diretamente na produção das empresas. Segundo o levantamento, 17% do tempo total de trabalho dos supervisores é destinado a processos que não geram nenhum resultado prático. Segundo a consultoria, para obter-se um nível de produção satisfatório, esse percentual não deveria ultrapassar a marca de 5%.
Currito lembra ainda os resultados da última pesquisa feita pela Conference Board, uma entidade americana sem fins lucrativos, que entrevistou CEOs de grandes empresas da Ásia, Europa e Estados Unidos para listar os dez maiores desafios globais desses profissionais. “Quando questionados, 38,4% dos CEOs afirmaram que a excelência na execução é o principal desafio a ser vencido. Esse resultado reforça ainda mais a idéia de que é preciso investir e aperfeiçoar os trabalhos nos níveis de execução, isto é, nos níveis de supervisão e gerência, para alcançar uma produtividade cada vez mais alta”, ressalta.

AGV Logística abre seu segundo programa de trainee em 2008.

A AGV Logística está com as inscrições para a 2° edição de seu programa de Trainee em 2008. Para se inscrever o candidato deve acessar o site: www.agvlogistica.com.br/trainee até o dia 6 de Outubro.
A empresa tem planos de crescimento e acaba de concluir a aquisição de duas empresas concorrentes, a e-Service e a Delta Serviços Logísticos, além de ter recebido aportes no valor de R$ 170 milhões provenientes do fundo internacional Equity Internacional. “Para sustentar taxas de crescimento orgânico médio de 48% e alcançar o posto de maior e melhor operador logístico integrado de capital nacional até 2011, torna-se imprescindível para a AGV identificar e reter talentos” ressalta Josué Bressane, Diretor de RH da AGV Logística.
O perfil dos candidatos desejados pela AGV são jovens formados no máximo há dois anos em cursos de Administração, Economia, Medicina Veterinária, Química, Bioquímica, Farmácia, Comunicação Social e cursos de Engenharia, com ou sem experiência profissional. Inglês fluente é requisito básico, assim como competências pessoais: liderança, flexibilidade, capacidade de raciocínio, planejamento e realização.
O processo de seleção inclui análise de currículo, dinâmica de grupo, entrevista com gestores de RH da empresa, dinâmica com jogos que simulam situações reais de trabalho e entrevista com a mesa diretora da empresa. O início das atividades está previsto para o dia 5 de janeiro de 2009 e a duração do programa é de 11 meses. Os benefícios oferecidos aos Trainees serão compatíveis com o mercado.
Maiores informações no telefone: (19) 3876-9000 ou www.agvlogistica.com.br

Porque Você Tem Medo de Falar em Público?

Ação e reação - Um valioso indicador

Abraham Shapiro*

No dicionário, o verbo reagir significa: "exercer reação contra"; "opor uma ação a outra contrária". Se buscarmos o verbo "agir", encontramos: "atuar", "fazer", "produzir um efeito".

Ação é estímulo; reação é resposta. A ação é primária; a reação é secundária.

Pessoas ativas provocam, fazem as idéias ou planos se tornarem reais. As reativas se mantêm num estado inativo e só se manifestam frente a uma situação que requeira mudança.

Profissionalismo solicita ação e reação. O profissional eficaz é, antes de tudo, um agente. Ele age buscando estados de eficácia. Dedica seu tempo a "afinar" suas habilidades, competências e aptidões a fim de alcançar seus objetivos.

A reação do profissional eficaz ocorrerá sempre que os resultados não forem atingidos ou surgirem problemas. Ele fará análises, depois, uma revisão nos seus planos e, em seguida, porá em prática a reação cabível. Superado o problema, só então identificará suas causas e irá combatê-las estabelecendo um roteiro de prioridades. É assim que se supera o nível atual e se caminha rumo a um desempenho ou comportamento desejado.

Nem sempre a reatividade é uma opção. Às vezes ela pode ser o sintoma de um mal mais grave.

Uma pessoa normalmente ativa, porém, cansada, estressada, debilitada por motivos de saúde ou baixo nível de qualidade de vida, torna-se, aos poucos, reativa. Sua ação começa a retardar e escassear. Primeiro ela passa pelo estágio da passividade. Em seguida, reage somente mediante cobranças de terceiros ou contingência das situações. Ela perde o poder natural de iniciativa. Problemas vão se avolumando e, em muitos casos, tornam-se insolúveis custando, invariavelmente, relacionamentos importantes e valiosos.

Há um caso curioso que merece ser citado.

Conheci uma equipe de vendas cujos vendedores enfrentavam tantas adversidades com clientes decorrentes do atraso na entrega de mercadorias e má qualidade dos produtos, que torciam para não realizar novos negócios. Isto produzia uma avalanche de reclamações e, como conseqüência, uma dissonância para a qual a única opção de equilíbrio estava em não vender. Esta inversão de valores tornou-se uma resposta a um estado aparentemente irreversível de mau procedimento comercial com o qual eles não se conformavam, mas não tinham como superar. Eles se recusavam a parecer amadores aos olhos de clientes conquistados a duras penas.

Ação e reação - Um valioso indicador

Se é verdade que "a ocasião faz o ladrão", o que uma gestão desleixada e imprudente não produzirá como reação das pessoas? Elas são capazes de tudo quando expostas a condições extremas e irreversíveis de adversidade. Isto pode comprometer gravemente o presente e o futuro das pessoas e, por conseguinte, da empresa.

O lado prático

Como anda sua capacidade de ação? Você tem se mostrado reativo ou ativo? Em que proporção? Sente estar perdendo o ritmo de controle de sua equipe? A seguir, darei algumas dicas práticas para você alcançar maior eficácia.

1. Eleja critérios básicos para avaliação circunstancial de sua equipe. Por exemplo: a) envolvimento com as idéias apresentadas, b) comprometimento e c) interesse em pôr as idéias em prática. Dê uma nota para cada colaborador de sua equipe segundo cada critério estabelecido. Seja mais realista do que crítico. A meta é obter uma radiografia de cada um e não distribuir lucros ou bônus por mérito. Veja-se como técnico e não como juiz.

2. Busque ter um momento de conversa íntima com cada um dos colaboradores – um coaching, através do qual você expresse as forças e fraquezas percebidas em seu desempenho. Faça isto de modo positivo. Como? Vou explicar. Comece pelos pontos fortes. Fale sobre eles com equilíbrio emocional. Não exagere nas expressões para que ele não pense que você o está adulando. Adulação é sinônimo de enganação. Ao passar para os pontos fracos não utilize conjunções adversativas, do tipo "mas", "porém", "no entanto". Ao dizer: "Luis, você é um colaborador prestativo, comprometido e atencioso, MAS demora muito para pôr em prática as orientações que tenho passado", tudo o que for dito após o "mas", não será ouvido ou, caso seja, tem tudo para se transformar na causa de uma possível revolta. Em resumo, não será assimilado. Você poderá perder este colaborador. Faça diferente. "Luis, tenho observado que você é um colaborador prestativo, comprometido e atencioso, "E" eu gostaria de destacar um ponto através do qual sua eficiência poderá ser muito maior: busque ser mais rápido ao colocar em prática as orientações que eu passo à equipe. Às vezes percebo que você tem alguma dificuldade. Por favor, Luis, lembre-se que eu estou aqui para dar apoio a todos. Há algo que eu possa fazer para lhe ajudar?" Nesta segunda fala, trocamos o "mas" por "e", uma conjunção aditiva. Ou seja, o "mas" afasta, o "e" soma, junta, agrega, aglutina. Deixe de lado a "adversidade" em favor da "adição".

3. Crie um plano de treinamento contínuo de sua equipe. Estes treinamentos precisam ser ministrados sobre bases sólidas de ação. Equipara-se ao treinamento constante de um time de futebol sem o qual não existirão vitórias. Mas observe um princípio básico: toda ação se desdobra em várias componentes. A primeira é: "o que", ou seja, a idéia em si, seus atributos e características. A segunda é: "como" – de que forma será posta em marcha. A terceira componente é "por quê", a saber: a razão de sua realização, os motivos e o objetivo a ser alcançado. A quarta é "quem" – quem irá realizá-la e quem ou qual será o alvo a ser atingido. A quinta e última componente é "quando". Muito cuidado aqui. Sem que os prazos sejam estabelecidos com clareza e considerando os possíveis obstáculos, a ação se perderá no tempo e deixará o pessoal livre para fazê-la quando bem entender. Sem uma data ou prazos existe a possibilidade, até, de alguém não pô-la em prática e sentir-se naturalmente absolvido. Tempo é uma variável imprescindível de qualquer ação.

4. Esclareça as prioridades e auxilie a equipe a visualizar o passo-a-passo da ação até o seu objetivo.

5. Ofereça apoio ao longo do tempo. Separe um momento particular de conversa com cada colaborador para ouvir deles sua avaliação e dar o feedback devido.

6. Monitore. Isto não significa fiscalizar. É simplesmente averiguar demonstrando confiança. Como líder você é obrigado a "ver" para poder apoiar com segurança, corrigir, auxiliar e socorrer – se necessário.

7. Reconheça os valores da equipe. Ao atingir a meta, faça um balanço dos pontos positivos e negativos. Finalize dando o devido reconhecimento e consideração a cada um.

8. Caso a meta não seja atingida, faça as análises necessárias, promova correções, motive o pessoal e refaça o planejamento para novas implementações até que o alvo seja atingido.

19/08/2008

Shapiro, Abraham

Abraham Shapiro é coach e consultor especializado em lideranças, equipes de vendas e relacionamento com o cliente.

O que os "Felipões" e "Bernardinhos" podem aprender com os líderes empresariais

Executivos e gestores também têm muito a ensinar a técnicos esportivos, músicos e artistas, sempre utilizados como analogia para o sucesso no mundo corporativo.

Luis Felipe Cortoni*

Atualmente, o desenvolvimento e a capacitação de gestores e líderes nas empresas são encarados como matéria estratégica. Não deveria ser diferente, pois estão nas mãos destes agentes organizacionais tanto o cenário de futuro da corporação quanto seus resultados no presente. Isto já é assunto reconhecido e consagrado.

A partir desta “verdade” organizacional desenvolveram-se práticas, sistemas, programas, modalidades e metodologias para atender à demanda de treinamento destes agentes organizacionais. Como se as soluções das escolas de management não bastassem, existem, ainda, maneiras menos ortodoxas de capacitar líderes por meio de analogias e metáforas. As mais usuais e preferidas são aquelas feitas com as orquestras sinfônicas, jazz bands, treinadores de futebol, vôlei e outras modalidades esportivas, além daquelas relacionadas às artes e às ciências (que não administrativas nem econômicas).

Até aqui, e diante de alguns resultados encontrados, não há problemas, pois o fenômeno da liderança em geral, e nas empresas em particular, é complexo, e as organizações que se prestam a este tipo de abordagem metafórica mantém suas fronteiras abertas a tudo e a todos que possam, de alguma maneira, lançar entendimento e compreensão sobre essa complexidade. Mérito das organizações contemporâneas, pois assumem a dificuldade e não recusam ajuda. Com essa atitude, trilharam caminhos, chegaram a respostas (mesmo que provisórias), esclareceram, aprofundaram e elucidaram fatos.

Não é possível negar que o desenvolvimento dessa área da aprendizagem sobre pessoas avançou muito nos últimos anos –as escolas e treinamentos de management que o digam. No entanto, o caminho inverso, quer dizer, usar a analogia da liderança na empresa em outros espaços organizacionais, parece mais recente, pelo menos no Brasil. Sabe-se de algumas iniciativas em escolas, com professores e seus indicadores de resultados, em ONGs, que no fundo são empresas, e muito pouco mais. Não deveria ser um caminho mais explorado diante do desenvolvimento em tecnologia de educação e aprendizagem realizado nas (e pelas) empresas?

Na verdade, por que somente os líderes empresariais precisam aprender com outros? Será que sua experiência não pode ser estudada e aproveitada em outros ambientes organizacionais nos quais líderes são necessários? É óbvio que a resposta é positiva: líderes empresariais devem e podem contribuir.

Vamos pensar nas modalidades esportivas como exemplo. Assíduos freqüentadores de seminários, cursos e workshops de capacitação em liderança, técnicos esportivos dizem e dividem com suas platéias o que fazem para construir equipes vencedoras e como chegam, na maior parte das vezes, a resultados positivos. Falam de seus estilos, suas preferências, sua forma de entender a natureza humana e como exercer liderança sobre ela. São verdadeiros gurus, admirados, e têm fórmulas vencedoras e verdades para ensinar. Por que não podem aprender com a platéia que os assiste?

Vamos imaginar que levássemos um líder empresarial (não necessariamente um fundador ou um presidente), um gestor de negócio de uma empresa, por exemplo, para falar e ensinar técnicos esportivos a arte da liderança. O que estes técnicos poderiam aprender com ele?

Em primeiro lugar, e principalmente, falaria sobre como conseguir resultados e produtividade de equipes e pessoas em tempos de competição permanente (não só em um campeonato), com muita competência em controlar custos, qualidade e manter o bom clima organizacional. Além disso:
- flexibilidade e adaptabilidade para trabalhar em ambientes de mudança constante;
- modelos de gestão de equipes com semi-autonomia decisória;
- competências em gestão de talentos, conflitos e desempenho.

Parece que valeria a tentativa (se é que ela já não existe) e a troca poderia ser produtiva para os dois lados. Gestores organizacionais têm, sim, muita experiência para dividir e ensinar. A história das mudanças organizacionais nesta nova era foi, em grande parte, realizada pelas mãos de alguns destes líderes. No mínimo seria uma questão de fazer justiça, pois quem ensina também aprende e, então, nada mais lógico do que técnicos esportivos poderem aprender com essa experiência. E por que maestros, diretores de teatro e outros tipos de líderes não poderiam aprender com gestores também?

Já chegou a hora de fazer esse reconhecimento aos líderes e gestores de empresas. Eles também podem se transformar em analogia de aprendizagem para outros.

16/07/2008

Cortoni, Luis Felipe

Luis Felipe Cortoni, professor da Fundação Vanzolini (USP) e sócio-diretor da LCZ Desenvolvimento de Pessoas e Organizações.

Não permita que velhos paradigmas impeçam o seu sucesso



Os seus colegas de trabalho são abertos a novas idéias? Quando um novo assunto é abordado eles são flexíveis ou rechaçam de cara a proposta? Sempre que alguém sugere mudanças eles buscam meios para otimizá-las ou buscam derrubá-las? Como consultor, tenho participado de muitas reuniões ao longo de mais de três décadas de carreira profissional. O que mais me impressiona é constatar o grande número de pessoas dispostas a provar que novas idéias, por melhor que sejam, são falhas. Aliás, o meu parâmetro de rapidez atualmente e medido pela velocidade da resposta dada por alguém tão logo eu revele algo que pretendo fazer. A resposta é ligeira: isso não vai dar certo!

Conheci um camarada, muito gente-boa, que atendia pelo nome de Arruda. Ele era um verdadeiro companheiro quando o assunto fosse ir ao estádio assistir uma partida de futebol, tomar um chope ou mesmo organizar um churrasco no fim-de-semana. Porém, ele se transformava por completo quando convidado para participar de uma reunião na empresa. A sua expressão facial mudava e, antes mesmo do encontro começar, ele já se inteirava do que seria tratado para pensar em uma estratégia contrária. A reunião iniciava e ele não dava um pio se quer. Quando alguém abordava uma nova idéia ele ficava atento e não demorava muito para disparar um contra-argumento para provar que a sugestão era falha.

“Os paradigmas são inseparáveis do caráter. Na dimensão humana, ser é ver.”

Stephen R.Covey


O que sempre me impressionou muito também foi constatar que Arruda tinha bons argumentos para contrariar. Aliás, se ele recorresse a sua ótima capacidade criativa para examinar o lado positivo das questões, tenho certeza que se tornaria rapidamente o presidente da organização. Mas porque, afinal de contas, fatos assim acontecem? Por muitas razões, porém o que está por detrás desse comportamento, normalmente é o que chamamos de paradigmas, ou seja, as lentes através das quais vemos o mundo.

Alguns anos atrás, fui visitar um novo cliente e adivinhe quem estava dirigindo o departamento de vendas? Acertou se respondeu o Arruda. Lá estava ele, agora com mais cabelos brancos. Conversamos um pouco sobre os velhos tempos e, não demorou muito, fui convidado para a sala de reunião. Enquanto me preparava pegando o material em minha pasta, tente adivinhar quem se sentou bem ao meu lado? Acertou de novo se respondeu o Arruda.

Assim que iniciei a minha exposição, com um discreto olhar, percebi que ele mantinha aquele seu jeito peculiar de se comportar nas reuniões. Sorte minha que já o conhecia, daí ao invés de afirmações eu fiz perguntas direcionadas ao Arruda. Para o meu sossego, ele acabou sugerindo o que eu pretendia abordar. Todos ficaram muito impressionados como eu consegui tamanha façanha. Aliás, soube depois que havia até uma bolsa de apostas entre os funcionários sobre o “previsível” resultado do encontro.

Segundo os seus colegas, o Arruda, depois que assumiu a direção do setor, tornou-se uma pessoa ainda mais radical. Durante o encontro percebi que os presentes evitavam contrariá-lo. Parecia que só ele tinha razão. Os seus colegas não desejavam se desgastar e evitavam abordar seus pontos-de-vista. Será as pessoas que têm dificuldade de lidar com novos paradigmas, um entrave para as organizações dos dias atuais?

Mude as suas crenças que os problemas mudarão juntos.

Vou recorrer a uma passagem descrita no magistral livro Os Sete Hábitos Das pessoas altamente Eficazes de Stephen R.Covey para ilustrar melhor a questão. O autor relata a história de dois navios de guerra que estavam há varias semanas no mar realizando uma missão de treinamento. O mau tempo dificultava as manobras. O sentinela do navio-líder tinha a visão quase nula devido ao forte nevoeiro. O capitão permanecia na ponte durante as atividades, tendo se envolvido na seguinte situação:
- Luz à proa, à boreste - disse o vigia.
- Parada ou movendo-se para a popa? – perguntou o capitão.
- Parada, capitão – ele retrucou. Significando que o navio estava em perigo. Em rota de colisão. Imediatamente o capitão chamou o sinaleiro:
- Avise aquele navio para alterar o curso deles em 20 graus, pois estamos em rota de colisão.
- É melhor vocês alterarem o curso em 20 graus. – veio a resposta.
- Envie a seguinte mensagem: “aqui é o capitão, ordenando que vocês mudem a rota em 20 graus imediatamente”.
- Logo chegou a resposta: “aqui é um marinheiro de segunda classe. É melhor vocês alterarem o curso em 20º graus”.
- O capitão já furioso, ordenou: “este é um navio de guerra. Mude o seu curso em 20 graus. Isso é uma ordem”.
- Ao que o marinheiro do outro lado sinalizou: “aqui é um farol terrestre. Mude a sua rota em 20 graus ou vai se chocar”.

E quanto a você, enxerga colorido? É aberto a novas idéias? Nas reuniões sempre que um colega apresenta uma sugestão de mudança você, imediatamente, pensa em como otimizá-la ou tentar encontrar um ponto falho? Pois, saiba que um bom líder evita sempre o comportamento reativo preferindo a proatividade. O verdadeiro líder se concentra na solução e não nos problemas.


19/08/2008

Costa, Evaldo

Escritor, consultor, conferencista e professor. Autor dos livros Alavancando resultados através da gestão da qualidade, Como garantir três vendas extras por dia e co-autor do livro Gigantes das vendas.