sábado, 4 de outubro de 2008

Pesquisa de clima organizacional vem se tornando uma tendência mundial no mercado

Uma pesquisa realizada pela Watson Wyatt concluiu que a realização de pesquisas de clima organizacional no Brasil não só é uma prática bastante difundida entre as empresas, como já está atingindo sua maturidade e, cada vez mais, vem se tornando uma tendência mundial no mercado.

A Pesquisa sobre Gestão de Clima Organizacional — Engajamento e uma nova fronteira: A efetividade do colaborador contatou que 67% das companhias realizam esse tipo de pesquisa. Dentre as que não executam, 26% pretendem implantar a medida. De modo geral, essa prática vem sendo desenvolvida, em média, há seis anos, com uma adesão significante dos colaboradores. Dividindo por área de atuação, a prática está mais presente em empresas de telecomunicações, serviços públicos, energia e água (100%), seguidos por automotivo e autopeças (87%) e por alimentos, agricultura, bebidas e fumo (78%).

O trabalho envolveu 194 empresas nacionais, com receita média de R$ 1 bilhão e número de aproximadamente 2.300 funcionários, atuantes em diferentes segmentos, como serviços diversos; alimentos, agricultura, bebidas e fumo; química e petroquímica; automotivo e autopeças; farma, higiene e cosméticos.

Outro dado interessante levantado pelo estudo é que a decisão sobre a realização da pesquisa vem subindo na agenda dos executivos, mas seus principais deliberadores continuam sendo os presidentes, CEO e comitê executivo, em 46,6% dos casos. Quanto às razões para se implantar a Gestão de Clima Organizacional, destacam-se: identificar/mensurar os pontos fortes e de melhorias (89,6%); melhorar o ambiente de trabalho (74,1%); e por ser uma ferramenta de desenvolvimento para o RH (71,9%).

Apesar de atualmente o questionário aparecer como o procedimento mais utilizado para a realização da pesquisa, aposta-se na diversificação das metodologias (focus groups, reuniões/entrevistas e análise documental, entre outros), com aprofundamento das análises e uso de TI. Verificou-se também a redução no ciclo de sua aplicação, com mais organizações (46%) efetuando o trabalho anualmente e menos (38%) o fazendo bienalmente.

A utilização dos resultados na avaliação do desempenho é realidade em 32% das empresas, sendo que outras 42% pretendem implantar a medida. Outra prática polêmica é relacionar os resultados de Clima Organizacional como índice para a remuneração variável, presente hoje em apenas 15% das companhias, mas com perspectivas de introdução em mais 28% das entrevistadas.

O grande desafio encontrado hoje na Gestão de Clima Organizacional é a efetividade de implementação dos seus programas. Embora a maioria das empresas reconheça a importância do trabalho, considerando-o crítico e estratégico para o desempenho financeiro frente à concorrência, apenas 22% conseguem realizar mais de 75% dos seus planos de ação. Vale lembrar que essa efetividade de execução independe do tempo que a prática de clima tem na organização.

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